quarta-feira, agosto 12, 2009

Perfil - Scarlett Johansson



Começando pelo nome, essa nova-iorquina já tem um pé no estrelato. Marlene Dietrich, Greta Garbo, Sophia Loren, Grace Kelly, Audrey Hepburn, Vivien Leigh… Scarlett Johansson… Sim, soa muito bem incluída no panteão de divas do Cinema.

Peço desculpas, por antecipação, se o texto de hoje no LTBML for um pouco afetado pela minha afeição ao tema. Mesmo assim, tentarei passar o máximo de informações possíveis sobre a atriz que conquistou o posto de musa de Woody Allen.

De início, apenas contemplemos por um minuto a beleza clássica dessa jovem de 24 anos. Deus – ou qualquer força superior – foi sábio ao dar um irmão gêmeo a Scarlett ao invés de uma irmã. Algo na mistura dos sangues dinamarquês e polonês deu muito certo para a atriz, modelo e atualmente até cantora.


Bom, depois desse momento relaxante, sigamos em frente.

Filha de arquiteto, Johansson poderia não ter seguido a carreira artística. Se foi a efervescência cultural de Manhattan, ou ainda algum outro motivo que a levou a tornar-se atriz, é difícil saber. Ela é bastante reservada quanto a sua vida pessoal e aos seus sentimentos, de modo que podemos apenas imaginar.

Em todo caso, verificando-se a filmografia de Scarlett (clique aqui para vê-la em detalhes) chegamos à conclusão que sua carreira começou bastante cedo, aos 10 anos, com North (1994), filme que ganhou no Brasil o nome de O Anjo da Guarda. Sinceramente não me lembro de tê-lo visto, e acredito que pouquíssimas crianças são prodígios desde tão cedo. Na ausência de críticas a respeito de Johansson nesse papel, penso que ela não era nenhum prodígio, apenas um rostinho bonito.
Porém, como o tempo foi generoso!

Nos 5 anos seguintes ela manteria o ritmo de um trabalho por ano, sempre em produções leves, inclusive em um velho conhecido das terras tupiniquins: Esqueceram de Mim 3. Quase uma ponta ao invés de um papel. Mas não pense você, leitor, que estou denegrindo a imagem da deusa nórdica que eu me propus a louvar com esse texto. Sou da opinião que os defeitos também fazem parte da perfeição, por mais contraditório que isso possa parecer.

Sob essa linha de raciocínio, tenho mostrado que, mesmo em produções “água-com-açúcar”, Scarlett se manteve ativa e visível a oportunidades de papéis melhores. Certamente também descobriu que gostava muito de atuar e, assim, perseverou na carreira.

Foi então que, em 2001, atuou em Ghost World, ao lado de Steve Buscemi (Reservoir Dogs) e Thora Birch (uma promessa que não deu tão certo assim). Os críticos consideram que esse filme alavancou a carreira de Johansson ao que é hoje. Ela ainda deslizaria em 2002 com o filme Eight Legged Freaks (Malditas Aranhas, no Brasil), uma comédia bem ruinzinha que está sempre em exibição no SBT.

Já em 2003, a estrela prometida em Ghost World começa a brilhar em produções de peso como Lost In Translation, de Sofia Coppola. Ao lado de Bill Murray, Scarlett dá um show de atuação na telona e mostra a que veio. Apesar de o filme não ser consenso fora do ambiente Cult, a história tem momentos muito intensos – sentimentalmente falando – e traça perfis muito interessantes e profundos a respeito dos personagens. Tais qualidades da película só são possíveis a partir da ótima interação entre Murray e Johansson.


Ainda em 2003, Girl With Pearl Earring, um filme de época, renderia a nossa nova diva do Cinema indicações ao Bafta (Oscar do Reino Unido) e ao Globo de Ouro. A fotografia do filme é belíssima e ajustada na medida perfeita para valorizar os atributos de Scarlett.

Lindíssima, ela se tornava uma mulher com o mérito não só da beleza, mas do talento!

O ano seguinte, 2004, resultaria em quatro trabalhos, dos quais um numa animação, como a voz de Mandy, a esquilo que mora no fundo do oceano ao lado de Bob Esponja e seus amigos. Os outros três são filmes razoáveis e até bons, mas sem muito de relevante.

Como disse, Johansson nasceu em Nova Iorque e, coincidência ou não, a cidade também é o berço de Woody Allen. Foi a partir de 2005 que o caminho desses dois se cruzou e o cineasta, diretor, roteirista, ator e músico judeu ganhou uma nova musa para ocupar os lugares que já foram de Diane Keaton e Mia Farrow.

É possível que Woddy ficasse irado por eu colocar Scarlett como sua musa, pois é sabido que ele não suporta esse tipo de rótulo. Só que fica difícil definir a relação deles de maneira diferente mediante declarações como essa: “você apareceu e meu bloqueio como escritor se curou”.

Match Point, Scoop e Vicky, Cristina, Barcelona... Esses são os três filmes em que a parceria Allen/Johasson já trabalhou, todos elogiados pela crítica e por mim, que tendo assistido a todos eles, recomendo. Deles, o que acho mais criativo e cativante é Match Point, de 2005. Scoop é o mais engraçado, com participações do próprio Woody Allen e do eterno Wolverine, Hugh Jackman. Aliás, no mesmo ano de lançamento de Scoop, 2006, Scarlett atuou com Jackman no ótimo The Prestige (O Grande Truque, no Brasil), cujas reviravoltas são muito inventivas.

Com relação a Vicky, Cristina, Barcelona (2008), minha opinião ainda não está toda maturada, pois vi o filme recentemente. Com certo atraso, admito. Porém adianto que a primeira impressão foi muito positiva.

O casamento entre o sortudo Ryan Reinolds e Scarlett Johanson, em setembro de 2008, pode até vir a não dar certo, já a união da jovem atriz e de Woody Allen na grande tela parece apenas ter começado.

E para finalizar – afinal, estamos aqui faz tempo –, de 2005 em diante Johansson atuou, além de em produções dirigidas pelo pequeno judeu de Nova Iorque, também em um filme de Brian de Palma (Dália Negra, de 2005), em duas adaptações de quadrinhos (The Spirit e Iron Man 2, ambos de 2009), outras duas comédias (Diário de uma Babá, de 2007, e He's Just Not That into You, de 2009), e um filme de época (The Other Bolleyn Girl, de 2008).

Para mais informações dos últimos filmes, clique aqui caso não tenha visto ainda a filmografia da atriz.

E já ia me esquecendo. Com certeza ela é uma nova diva: talentosa, linda, rosto de grifes clássicas e importantíssimas no mundo da moda – como as suas predecessoras. Porém, se tem uma coisa que ela não precisava ter tentado era cantar! Uma voz meio apagada, um ritmo meio morno, mesmo reinterpretando músicas de Tom Waits.

Como eu disse, até deusas têm defeitos...

2 Comentários:

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