segunda-feira, junho 22, 2009

Robocop - O Policial do Futuro

Diretrizes Básicas

  1. Servir a população

  2. Proteger os inocentes
  3. Cumprir a Lei

  4. Classified

  5. Vingança

Um dos ícones mais superlativos do cinema da década de 80, o longa Robocop de Paul Verhooven, foi lançado em 1987 e recebeu aqui no Brasil um complemento pouco sutil ao seu já explícito título se tornando também “O Policial do Futuro”.


O sucesso de bilheteria alcançado pelo filme gerou um fenômeno preocupante que abre diversos questionamentos sócio-culturais. O público parece não ter entendido a mensagem do filme que faz uma crítica brutal e violenta ao nosso estilo de organização social, aos métodos de combate a criminalidade e também à nossa inter-relação com a tecnologia que criamos. Em um impulso que invadiu as salas de cinemas na década de 80, jovens e crianças formaram a grande maioria dos espectadores que entravam para ver Robocop e saíam com a sensação de ter assistido Jaspion.


Não sei se uma bactéria desconhecida que causa alienação imediata se alastrou entre refrigerantes e pipocas, mas o fato é que logo após sua arrebatadora estréia a máquina de matar virou também uma máquina de dólares.


Logo o robô que nada mais era do que um policial morto, reanimado e sedento por vingança, iniciou uma trajetória improvável de garoto propaganda e começou a estampar mochilas, lancheiras e camisetas; vender gibis, gerar séries de desenho animado e uma coleção de brinquedos para todas as idades. Uma das maiores franquias dos anos 80.


Ninguém entendeu a mensagem apesar do conteúdo explícito do longa, talvez pela embalagem do filme com cara de pôster do Capitão América. Em um primeiro momento, a Detroit de Robocop é o claro retrato de uma sociedade em colapso, a urbanização caótica e a criminalidade crescem e a desorganização do governo fica evidente nas ameaças de greve da força policial que tenta sem solução controlar o tráfico de drogas. A megaempresa OCP( sigla que pode ser traduzida como Omni Produtos para Consumo) comanda um projeto para criar uma nova cidade chamada Delta City, livre da criminalidade, condenando a antiga Detroit ao esquecimento. A relação com as tecnologias não é menos problemática, o protótipo ED-209, da OCP, projetado para ser uma máquina de combate ao crime e substituir a força policial convencional chega a ser bisonha. Fortemente armado o robô entra em mal funcionamento e assassina um empresário logo em sua apresentação teste. Robusto como um tanque de guerra mas incapaz de subir e descer uma escada, o robô é uma crítica explícita as tecnologias supérfluas.


Até o cyborg título é uma alegoria - às vezes carnavasleco nos seus trejeitos e sons metálicos. Feito sobre os restos do policial assassinado Alex Murphy; Robocop surge como uma máquina de servir e proteger, mas também entra em colapso e começa a seguir uma diretriz bastante pessoal: vingança.
Perceba que nada funciona como deve, na sociedade podre e corrupta da Detroit do filme.


Ninguém explica como um longa sério, violento e pessimista que trata sobre a criminalidade de grandes centros urbanos com largas doses de humor negro e sarcasmo, se tornou um sucesso empacotado e embalado pela industria para vender bonecos e gibis à crianças.


Baixo como o QI de quem assistiu e não entendeu, é também a eficiência do policial do futuro. Seus passos são lentos e penosos, e apesar de blindado com placas de metal super-resistentes, Robocop dificilmente alcançaria um bandido em fuga, o simples girar de pescoço leva alguns segundos para ser executado. Equipado com uma beretta modificada, chega a ser engraçado como o robô persegue os inimigos armados até os dentes, que parecem buscar o fim trágico nas mãos de um Alex Murphy que mal consegue se movimentar.


No Brasil ainda temos uma desculpa, pois o canal do Plim-Plim editava e cortava todas as cenas violentas para colocar o longa na sessão da tarde para seu filho de quatro anos assistir com o dedo no nariz.


Como fã do filme fica aqui meu desabafo:
Vamos assistir Robocop, de preferência acionando um pouquinho nosso lado esquerdo do cérebro, um espacinho só do córtex pré-frontal já será o suficiente. YES WE CAN !

5 Comentários:

Romano locali disse...

ê japa, finalmente seu post do robocop!
Esse tava em promessa faz tempo!
Muito bom, só não elogio mais, porque a maior parte das idéias eu já conhecia dos nossos papos dos bares da vida. Mas perfeitamente expostas, acho que é um ponto de vista válido.
Abraço

Anônimo disse...

MEU SE VC OLHAR PELO LADO HUMANO DA COISA BLZ...MAS VC COMENTOU A IDÉIA DA FORMA QUE ELA VEIO PRA NÓS SOMENTE COMERCIAL, SEU PONTO DE VISTA É INTERESSANTE MAS...HOLLYWOOD QUER DINHEIRO VELHO! SE FOSSE PRA AGRADAR POUCOS Ñ TERIA VIRADO O FURCÃO Q FOI,BOM, SE Ñ FOSSE INTERESSANTE ELE Ñ VOLTARIA EM 2010,TALVEZ ESSAS IDÉIAS MAIS RELISTAS COMO A SUA PODEM VINGAR NESSE NOVO LONGA, RESTA ESPERAR PRA VER...

Anônimo disse...

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