quarta-feira, julho 01, 2009

Powder Blue (2009)


Boa noite, caros amigos.

O texto de hoje era para ter sido muitas coisas, mas, definitivamente, não o que acabou sendo. Estava pensando em muitos temas. Desde uma enquete sobre qual seria o melhor Godfather: De Niro ou Brando; até uma lista de autores e uma breve história sobre a lenda Arthuriana.

Numa noite fria, nesse meu chalé nas montanhas de Piracaia, após três doses de Jack Daniels, e com um filme que me surpreendeu agradavelmente, eis que me surgiu o tema para o post dessa semana do LTBML.

Com certeza você, leitor, já assistiu alguns filmes daqueles em que muitas histórias aparentemente independentes se cruzam em um enredo bem bolado e interessante. Talvez o exemplo mais bem sucedido nos dias atuais seja Crash, de 2004, vencedor de três Oscars em 2006 (Melhor Filme, Melhor Roteiro Original e Melhor Edição).

Pois bem, Powder Blue – que ainda não estreou por aqui – é uma dessas produções. Com certeza não um Crash, porém tem um roteiro muito bem trabalhado, além de contar com um elenco competente e uma direção sem excessos. É certo que existe um ou outro clichê, mas quem disse que bons filmes não os podem ter.

É muito provável que você ainda não tenha ouvido falar deste drama, contudo pode ter visto em alguns sites que a estrela hollywoodiana Jessica Biel aparece nua em algumas cenas. É verdade. Espetáculo a parte, certamente. Mas não o centro de Powder Blue.

Além de Jessica, o elenco conta ainda com outros nomes de peso. O último rei da Escócia, Forrest Withaker, interpreta um personagem denso que, nas poucas aparições (em comparação), transmite completa e profundamente a crise existencial pela qual está passando. Patrick Swayze, quase irreconhecível – se pela doença ou pela maquiagem é difícil saber –, faz participações breves mas convincentes, e dá crédito ao seu cafetão de strip-house. Ray Liotta – o qual nunca me convenceu como ator – é o mais fraco em cena, e não digo isso como uma crítica – apesar do que possa parecer; pelo contrário, diante de seus outros pares, mesmo sendo o menos surpreendente, é com prazer que você acredita que seu personagem é o que promete ser. Phoebe Bufay, ou melhor, Lisa Kudrow também aparece em algumas tomadas e não decepciona.


Porém, a grande surpresa fica a cargo de Eddie Redmayne, um rosto que você reconhecerá de alguma comédia adolescente ou de algum papel coadjuvante. Só para citar alguns filmes: ambos os Elizabeths, e também The Other Boleyn Girl (traduzido no Brasil como A Outra – com Natalie Portman, Scarlet Johansson e Eric Bana).

Enfim, este drama cruza a história de uma stripper (Biel), de um suicida (Whitaker), de um coveiro (Redmayne) e de um ex-presidiário (Liotta), de maneira acertada e sem exageros. Mérito da direção do vietnamita Timothy Linh Bui, que igualmente assina o roteiro. A fotografia é outro ponto a favor da produção e foi idealizada por Jonathan Sela.

Powder Blue, se não merece um Oscar, merece ao menos que você o assista, caso seja seu gênero de filme. Como foi para mim, talvez seja uma agradável surpresa numa noite fria.

P.S.: Aos cuecas de plantão, que só verão o filme pelas cenas com Jéssica Biel, não posso negar o comentário de que a dança em que ela joga cera de vela no corpo é fenomenal. Belíssima!

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