(Texto postado em atraso, excepcionalmente, pois minha internet tem estado uma grande porcaria nos últimos dias)
Caríssimo internauta! Eis que hoje venho escrever meu quinzenal texto no LTBML, sempre às quartas-feiras, só que em um ânimo baixo. Tenho estado muito desatualizado com relação ao cenário musical atual e, para não cansar, achei por bem não postar novamente fatos do jazz. Já comentei literatura e cinema recentemente, então o caminho seria a música. Mas o quê?
Escutei Wallflowers e Arctic Monkeys ontem, na busca pela inspiração. A segunda foi muito badalada no ano passado; mais uma banda britânica com um som diferente e interessante; o problema é que não me mexeu, não agradou meus ouvidos, à exceção de poucas canções como Mardy Bum.
Wallflowers, por outro lado, tem uma trajetória maior, mais álbuns, e tem o filho de Bob Dylan no vocal; um som agradável, admito, só que apenas One Headlight e Josephine me parecem músicas notáveis. E ainda tenho que ressaltar que não são notáveis por qualquer aspecto técnico inovador, apenas por uma alegria e uma beleza profunda, respectivamente.
Enfim, ambas valem uns minutos. São boas, e a segunda me agradou mais. Entretanto, texto no LTBML eu não escrevo só por isso.
Depois desse nariz de cera enorme – e que seria execrado pelos meus colegas de profissão –, vamos ao que interessa. O tema da noite é uma banda cuja trajetória envolve tragédia e músicas sensacionais. Infelizmente não conheço o repertório tanto quanto gostaria, pois não é a coisa mais fácil de se encontrar para baixar. Usarei este texto como incentivo para saber mais sobre Lynyrd Skynyrd.
O Lynyrd é uma banda de Southern Rock norte-americana que estourou na década de 1970. Algo na mesma linha seria o Allman Brothers, que também bebe na fonte do country e do blues. Talvez a maior companheira de Southern do Lynyrd, entretanto, seja o Creedence, cuja carreira merecerá palavras no LTBML no futuro.
Continuando. O primeiro álbum veio em 1973, e chamava-se Pronunced Leh-nerd Skin-nerd, em uma analogia ao grafismo confuso do próprio nome da banda. É nesse LP que podemos encontrar a eterna Free Bird, além da perfeita Simple Man. Apesar de longa, Free Bird dominou as rádios e alçou o compositor e vocalista Ronnie Van Zant a um novo patamar. Após o sucesso do primeiro álbum, o Lynyrd foi convidado por Pete Townshend, do The Who, para abrir os shows da turnê Quadrophenia. Mérito mais do que merecido.
No entanto a história do rock nos mostra que não só de boas letras e de bom som é que se fazem os grandes. Tragédias ou polêmicas poderiam ser o trampolim para a eternização. Nesse caso foi a tragédia.
Após gravarem um segundo álbum em 1974 (Second Helping), cujo maior sucesso era Sweet Home Alabama; o lançamento, sem muita convicção por parte dos próprios integrantes, de um terceiro em 1975; e da turnê “da Tortura”, na qual os músicos do Lynyrd se desentenderam e se desgastaram em brigas contínuas, a primeira mancha de sangue surgiu na trajetória dos rapazes de Jacksonville.
Em um final de semana de 1976, os guitarristas Gary Rossington e Allen Collins sofrem acidentes simultâneos de automóvel e a banda é obrigada a diminuir o ritmo frenético de shows. Mais um álbum viria em 1977, Street Survivors, e em outubro daquele ano o destino selaria para o bem e para o mal a história do Lynyrd Skynyrd.
Para o mal, pois o avião da banda decolou em 20 de outubro e caiu dos céus deixando apenas dois sobreviventes. Para o bem, pois uma boa banda de Southern Rock se tornou um mito do rock internacional.
Há muitas outras músicas ótimas na história do Lynyrd, uma das minhas favoritas é Double Trouble. Vale a pena baixar. Vá atrás também de Heartbreaker Hotel, Lucky Man, That Smell e, principalmente, de Travellin Man. Ah, e caso queria conhecer uma banda herdeira do Southern, procure Kings of Leon.
Caríssimo internauta! Eis que hoje venho escrever meu quinzenal texto no LTBML, sempre às quartas-feiras, só que em um ânimo baixo. Tenho estado muito desatualizado com relação ao cenário musical atual e, para não cansar, achei por bem não postar novamente fatos do jazz. Já comentei literatura e cinema recentemente, então o caminho seria a música. Mas o quê?
Escutei Wallflowers e Arctic Monkeys ontem, na busca pela inspiração. A segunda foi muito badalada no ano passado; mais uma banda britânica com um som diferente e interessante; o problema é que não me mexeu, não agradou meus ouvidos, à exceção de poucas canções como Mardy Bum.
Wallflowers, por outro lado, tem uma trajetória maior, mais álbuns, e tem o filho de Bob Dylan no vocal; um som agradável, admito, só que apenas One Headlight e Josephine me parecem músicas notáveis. E ainda tenho que ressaltar que não são notáveis por qualquer aspecto técnico inovador, apenas por uma alegria e uma beleza profunda, respectivamente.
Enfim, ambas valem uns minutos. São boas, e a segunda me agradou mais. Entretanto, texto no LTBML eu não escrevo só por isso.
Depois desse nariz de cera enorme – e que seria execrado pelos meus colegas de profissão –, vamos ao que interessa. O tema da noite é uma banda cuja trajetória envolve tragédia e músicas sensacionais. Infelizmente não conheço o repertório tanto quanto gostaria, pois não é a coisa mais fácil de se encontrar para baixar. Usarei este texto como incentivo para saber mais sobre Lynyrd Skynyrd.
O Lynyrd é uma banda de Southern Rock norte-americana que estourou na década de 1970. Algo na mesma linha seria o Allman Brothers, que também bebe na fonte do country e do blues. Talvez a maior companheira de Southern do Lynyrd, entretanto, seja o Creedence, cuja carreira merecerá palavras no LTBML no futuro.
Continuando. O primeiro álbum veio em 1973, e chamava-se Pronunced Leh-nerd Skin-nerd, em uma analogia ao grafismo confuso do próprio nome da banda. É nesse LP que podemos encontrar a eterna Free Bird, além da perfeita Simple Man. Apesar de longa, Free Bird dominou as rádios e alçou o compositor e vocalista Ronnie Van Zant a um novo patamar. Após o sucesso do primeiro álbum, o Lynyrd foi convidado por Pete Townshend, do The Who, para abrir os shows da turnê Quadrophenia. Mérito mais do que merecido.
No entanto a história do rock nos mostra que não só de boas letras e de bom som é que se fazem os grandes. Tragédias ou polêmicas poderiam ser o trampolim para a eternização. Nesse caso foi a tragédia.
Após gravarem um segundo álbum em 1974 (Second Helping), cujo maior sucesso era Sweet Home Alabama; o lançamento, sem muita convicção por parte dos próprios integrantes, de um terceiro em 1975; e da turnê “da Tortura”, na qual os músicos do Lynyrd se desentenderam e se desgastaram em brigas contínuas, a primeira mancha de sangue surgiu na trajetória dos rapazes de Jacksonville.
Em um final de semana de 1976, os guitarristas Gary Rossington e Allen Collins sofrem acidentes simultâneos de automóvel e a banda é obrigada a diminuir o ritmo frenético de shows. Mais um álbum viria em 1977, Street Survivors, e em outubro daquele ano o destino selaria para o bem e para o mal a história do Lynyrd Skynyrd.
Para o mal, pois o avião da banda decolou em 20 de outubro e caiu dos céus deixando apenas dois sobreviventes. Para o bem, pois uma boa banda de Southern Rock se tornou um mito do rock internacional.
Há muitas outras músicas ótimas na história do Lynyrd, uma das minhas favoritas é Double Trouble. Vale a pena baixar. Vá atrás também de Heartbreaker Hotel, Lucky Man, That Smell e, principalmente, de Travellin Man. Ah, e caso queria conhecer uma banda herdeira do Southern, procure Kings of Leon.
P.S.: Assista aqui a um clipe da música Free Bird
2 Comentários:
Lynyrd é uma autênica banda que mistura country, blues e rock de uma maneira surpreendente.
Além das músicas que vc sugeriu, excelentes por sinal, incluiria Tuesday's Gone. Inclusive o Metallica a regravou no cd de covers no "Garage Inc." e ficou tão boa quanto a versão original.
Aliás, o nosso "Toca Raul" poderia ser traduzido para o inglês americano como "Play Freebird", tal o sucesso que ela alcançou.
Belo post. E pena que o Kings of Leon parou de beber da fonte do southern, no ultimo álbum.
Romano, você sabe se a sweet home alabama tem alguma história peculiar? sempre curti essa música, mas nunca prestei atenção na letra... foi só esses dias que eu percebi que eles fazem referência expressa à alabama, do neil young.
abs
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