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Com pelo menos três filmes, cinco discos e três livros começados e não digeridos o post desta semana era uma incógnita. Não imaginava sobre o que poderia escrever e não queria antecipar nenhum dos assuntos futuros sem dar a eles a atenção necessária.
Decidi então falar sobre um daqueles nomes perdidos no meio da história, coadjuvantes com algum brilho, mas que nunca aparecerão como protagonistas. Em qualquer site ou blog sobre cinema(inclusive neste) veremos Hitchcock, Spielberg, Scorcese, Coppola, Kubrick e tantos outros nomes incontestáveis em qualquer seleção, mas poucos dedicam algumas linhas aos diretores que completam o “time” e que são responsáveis por filmes que ocasionalmente assistimos e que garantem alguns bons momentos em frente a tela.
O contemplado para assumir o posto de “Zé-ninguém” ou “Joe Doe” desta semana é o diretor Joe Johnston. Você provavelmente não deve ter ouvido falar deste nome; mas se você viveu neste planeta nas últimas três décadas, com algum acesso a televisão e cinema, certamente assistiu algum filme com a assinatura de Johnston nos créditos.
Sabe os dois primeiros longas da série “Indiana Jones” ? E o segundo “Guerra nas Estrelas”? Então ele não dirigiu nenhum deles como todos sabemos, mas foi o diretor de efeitos especiais dos três filmes. Quem não se lembra da pedra rolando atrás de Harrisson Ford em “Caçadores da Arca Perdida”, ou da ponte pênsil em “O Templo da Perdição”? E a batalha entre os gigantescos andadores AT-AT e a resistência rebelde na batalha do palneta gelado de Hoth em “O Império Contra-ataca” ? Cenas históricas do cinema de aventura com um toque de Johnston.
Sua carreira como diretor teve início em 1989 com o divertido “Querida Encolhi as Crianças” clássico vespertino repetido a exaustão pelo SBT. Me lembro até hoje que quando criança tinha um medo enorme do filme e gravei diversas cenas que para mim se tornaram recordações de infância: como aquela das crianças minúsculas andando pelo jardim ou da sopa aonde o personagem de Rick Moranis quase engole um de seus filhos.
Impossível não lançar um suspiro nostálgico.Johnston dirigiu em 1991 a aventura “Rocketeer” outro marco das tardes da década de 90, dessa vez eternizada nas repetições da platinada.
A adaptação da graphic novel de Dave Stevens agradou jovens e adultos; me lembro claramente de jogar em meu Megadrive (ou seria no Nintendo 8Bits ?) o game que seguia o enredo do herói com um propulsor nas costas perseguido por espiões barra-pesada. Diversão inocente que a garotada de hoje não entenderia.
Depois de um tropeço junto ao astro mirim Macaulay Culkin em “The Pagemaster”, Joe acertou novamente e dessa vez cravou um sucesso de ótima bilheteria com o empolgante “Jumanji”(1995).
A todos nós cansados das aventuras meia boca e sem criatividade que envolvem cães e simios superdotados jogando esportes diversos o filme conseguiu dar um sopro de originalidade, e se não é um grande nome pelo menos quebra o galho. Algumas cenas são realmente muito boas, sempre abusando dos efeitos especiais - maior assinatura de Johnston.
Vale ainda creditar aqui à filmografia do diretor a seqüência “Jurassic Park III” que na minha opinião é passável. Ainda dou risada com a cena aonde um celular toca na barriga do dinossauro gigante maior que o T-Rex...
Para finalizar tive uma grata surpresa ao ver o que vem pela frente... Já havia encontrado cenas na web com a espantosa caracterização do ator Benício Del Toro para a nova versão do filme “O Lobisomem”(The Wolfman) mas não imaginava que o longa seria dirigido por Johnston. Será interessante ver como a câmera do diretor se sairá em um suspense. Confira o trailer na filmografia ilustrada do diretor.
Para esperar e temer foi anunciado que o diretor prepara para 2011 uma adaptação que há muito tempo entra e sai dos planos dos grandes estúdios. Será dele a culpa do sucesso - ou do fracasso - da versão cinematográfica do herói mais nacional que os Estados Unidos concebeu. Sim ele, o cara que veste uma bandeira e uma estrela na testa, o supersoldado Capitão América.
Pois é, logo o “anonimato” de Johnston chegará ao fim para o bem ou para o mal. Sinceramente torço para que nenhum desses longas estoure como uma bomba nas mãos dele.Longe de ser um John qualquer, não daria a ele um Oscar ou uma Palma, mas talvez o troféu “Diretor Camarada” por ter prestado ao cinema uma ótima contribuição quase anônima.
Veja aqui a Filmografia ilustrada e sinta a nostalgia...
1 Comentário:
Poxa, tou surpreso! Você escavou um cara muito legal para comentar, Japa!
Você sabe que me ganhou quando disse que ele dirigiu os efeitos de Star Wars hehehehehe...
Parabéns pelo texto!
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