Texto por Luiz Romano Locali
Dia 13 último foi aniversário de Grace Kelly, princesa de Mônaco e musa de Alfred Hitchcock. Na realidade SE ela estivesse viva, estaria completando 77 anos de idade. Por esse motivo decidi falar brevemente de um filme tanto de Kelly quanto de Hitchcock: “Dial M for Murder” (Disque M para Matar, em português), de 1954.
Infelizmente eu tive o prazer de conhecer essa obra prima do suspense hitchcockiano, pré-“Psycho” (Psicose), na versão dublada, em uma dessas sessões raras de bons filmes que o SBT ainda passa nas madrugadas de domingo.
Uma Grace Kelly incrivelmente linda protagoniza a história de uma dama rica da sociedade inglesa que, casada com um ex-jogador de tênis profissional, está apaixonada por um escritor norte-americano com o qual teve um affair no passado.
O marido Tony Wendice, interpretado de maneira muito convincente por Ray Milland, é um homem que precisa viver sob a sombra e o dinheiro da mulher e, quando descobre o caso dela com Mark Halliday (Robert Cummings), decide tomar uma atitude drástica.
A partir daí o enredo é claro e pode iludir o expectador menos atento. Um crime acontece e você sabe perfeitamente como ele aconteceu. Um plano típico dos vilões de Agatha Christie, uma mocinha em apuros, um suspeito, uma morte. Só que o suspense de Hitchcock não está nesse crime, mas em SE e COMO ele será solucionado.
É fácil se apegar a uma imagem de perfeição como a da beleza de Grace Kelly; e a sua personagem, Margot Wendice, é frágil e cativante. Combinação que o diretor utiliza magistralmente. Há também o elemento de humor leve simbolizado pelo personagem do veterano John Willians (não o compositor), o inspetor-chefe Hubbard; ele é praticamente o policial inglês caricato e como em um bom romance policial com um oficial inglês, ele se sente “inclinado” às mulheres bonitas.
É um ótimo Hitchcock, mas não o melhor. Em todo caso prenuncia bem a atuação de Kelly em “Rear Window” (Janela Indiscreta), também produzido em 1954.
2 Comentários:
Bom post Romanão, mas assim como nas telas do cinema a Grace Kelly acabou roubando a cena por aki também e deixou o filme meio pra escanteio...rs
Tudo bem não lhe culpo...aueheueuaheaueh
Só um realizador fanatico que nem o hitchcock pra fazer dois classicos no mesmo ano...mas eu ainda prefiro festin diabólico, sem a Grace Kelly, sem loiras roubando a cena, mas com uma direção e um roteiro impecáveis...Só não gosto muito daquele discurso do fim...mas não estraga nada o filme
Postar um comentário