sexta-feira, outubro 27, 2006

Royal Wedding - E pra começar... Uma noite de núpcias!

Viva a diversidade.
O post a seguir é a primeira colaboração aqui no Let There...., e espero que seja o primeiro de muitos.
Uma vez que música, cinema e literatura são assuntos inesgotáveis, é impossível conhecer tudo, mas sempre é possivel encontrar alguém que conheça um pouco de cada área específica. Quem tiver alguma coisa interessante pra falar em qualquer dessas áreas , estarei feliz em publicar aqui. O Texto que inaugura esse espaço é do grande amigo Romano e fala sobre um assunto que foge do meu domínio mas é ndispensavel para quem gosta de cinema: Os Musicais.
Grande abraço a todos.
Japa





Bom, não sou um grande entendedor de música, literatura e principalmente esporte – e muito menos cinema. Acho que me enquadro mais na categoria de um grande curioso; e por isso sei um pouco de muita coisa, mas não muita coisa sobre algo específico.

De qualquer modo há certas artes que estão esquecidas, e, como eterno saudosista, vou tentar lembrar de algumas obras que conheço um pouco melhor.

Há alguns dias estava mexendo no Youtube. Interessante mesmo foi o fato de encontrar vídeos dos antigos musicais, das décadas de 30, 40 e 50, uma época praticamente esquecida junto com o leão da MGM.

Tenho sempre a constante sensação nostálgica de que nunca mais haverá alguém que dance como Astaire, ou com a beleza de Audrey Hepburn. Nunca mais um filme vai ter duas cenas de sapateado tão marcantes e antológicas quanto “Royal Wedding” (“Núpcias Reais”), nem vai usar efeitos especiais mecânicos tão naturalmente quanto na dança pelas paredes de um Fred Astaire apaixonado.

Pois bem, todo esse nariz-de-cera, como chamamos em jornalismo, é para poder falar um pouco mais desse filme que me conquistou e que é considerado um marco e uma indicação obrigatória para os amantes dos antigos musicais.

“Royal Wedding” foi produzido em 1951 e a direção estava a cargo de Stanley Donen – que dirigiria os clássicos “Funny Face” (“Cinderela em Paris”) e “Singin’ in the Rain” (“Cantando na Chuva”), sendo este último em parceria com Gene Kelly. Os papéis principais eram de Fred Astaire e Jane Powell, e o roteiro quase se confunde com a vida de Fred. O filme conta a história de dois irmãos dançarinos (Tom e Ellen Bowen) – o grande sucesso da Broadway em 1947 – que são convidados a excursionar pela Inglaterra como parte das festividades do casamento da Princesa Elizabeth e do Duque Philip de Edimburgo. No entanto, a caminho do e no velho mundo o destino dos irmãos cruza com o amor.

O enredo é singelo e não passa de um romance com toques sutis e cativantes de humor, principalmente por parte de Keenan Wyn, um ator nova-iorquino que interpreta a dupla atrapalhada de empresários gêmeos dos Bowen. Mas a mágica do filme está na arte em que Astaire é mestre: dançar. A química que ele e Jane Powell demonstram em cena é impressionante, e quem conhece o trabalho de Fred, sabe que aquilo é fruto de horas de ensaio por dia. A voz agradável e o rosto adorável de Powell também argumentam a favor de “Royal Wedding”.

Porém, como citado, há duas cenas que tornam essa produção antológica: Fred Astaire dançando com um cabideiro na sala de ginástica do navio e, já na Inglaterra, a dança pelas paredes e pelo teto de um hotel de Londres.

Para quem gosta de um filme light, para quem gosta de musicais, para quem gosta de ouvir “You’re All the World to Me” e pensar no seu romantismo feliz, para quem não espera um roteiro comprometido, e principalmente para quem admira um gênio (Astaire) sendo o mestre em sua arte (dança), “Royal Wedding” com certeza é um programa obrigatório.

Texto: Luiz Romano Locali


Filmografia e Créditos Aqui

1 Comentário:

Anônimo disse...

Bom, não sou o que se pode dizer, um grande conhecedor das artes, mas com certeza, artistas como Fred Astaire não se encontram aos montes no showbusiness.
Bem conciso seu texto, pra mim, que não sou grande conhecedor de musicais, foi bem claro e explicativo...
Grande abraço...e parabéns pelo texto!

 
Tema para Blogger Mínima 233
Original de Douglas Bowman | Modificado por :: BloggerSPhera ::