domingo, março 27, 2011

Julieta Venegas


Porque no supiste entender a mi corazón?
Lo que había en él, porque no?
Tuviste el valor de ver quien soy
Porque no escuchas lo que está tan cerca de ti?
Sólo el ruido de afuera y yo
Que estoy a un lado desaparezco para ti
No voy a llorar y decir que no merezco esto
Porque es probable que lo merezco
Pero no lo quiero
Por eso Me voy
Que lástima pero adiós
Me despido de ti y me voy
Que lástima pero adiós
Me despido de ti


(Me Voy - Julieta Venegas)

Julieta é um nome que carrega consigo um apelo mundial. Nenhuma Julieta nasce anônima ou desconhecida. Nenhuma tem o direito de apartar de sua vida o amor, a tragédia e o lirismo. Se o mundo não fosse tão grande e tão cheio de pessoas esquisitas diria que todas Julietas sem nenhuma exceção já deveriam nascer destinadas a viver um grande amor. Não existiriam Julietas solteironas, celibatárias, feministas ou adeptas de qualquer ideologia anti-amor; essas morreriam no parto antes de exercer seu direito de escolha que as privassem de executar seu destino de protagonistas na tragédia maior do teatro do mundo.

Julieta Venegas surgiu assim para mim. Protegida pelo desconhecimento, mas não pelo anonimato. Como uma personagem de Shakespeare que cantasse de forma adocicada palavras de amor em espanhol, caiu em meu player um álbum seu.
Não conhecia. Não sabia que era Californiana criada no México. Que tinha uma irmã gêmea. Que era filha de fotógrafos. Que gravou com Marisa Monte e Lenine.  Que cursou teatro. Que às vezes envereda para o pop rock. Que já venceu o Grammy latino. Que já tinha um álbum MTV Unplugged. Que já vendeu mais de 5 milhões de discos pelo mundo.

E na verdade nada disso importava. De sua música e voz surgiram impressões próprias de Julietas. Extremadas.

Às vezes acho que fugiria com ela para Tihuana em um lampejo de loucura. Isso se uma mulher linda de 40 anos como ela me aceitasse é claro.

Outras vezes acho que ela nada mais é do que uma artista medíocre, com um repertório meloso e uma voz afinada. Nem tão bonita assim e mais de dez anos mais velha que eu...

Às vezes acho que quando sua boca se abre jorra lirismo, poesia e amor. Outras vezes acho que saem músicas bregas e datadas.

Não sei, mas fiquei cismado com esta Julieta. Mais do que com muitas outras.

Faz parte. Todos temos um lado que se impressiona fácil quando uma mulher canta palavras de amor. Mulheres se emocionam com as palavras, homens não resistem a situação...

Algo tão antigo quanto a lenda das sereias que arrastavam para o fundo do mar(e para a morte) marinheiros encantados com suas vozes e beleza.

Dias sim, dias nem tanto escuto Julieta Venegas. Hoje decidi escrever sobre ela e postar aqui. Amanhã posso estar arrependido de dar a ela este espaço e querer deletar o post.

Relações passionais como uma dose de cicuta e um punhal de amor no peito. Coisas de Julietas.




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